quinta-feira, 30 de outubro de 2014

PLEBISCITO OU REFERENDO???

      MUITO A SER EXPLICADO...


        Todo Anjo é terrível.
         E assim me contenho e retenho o apelo
         do meu soluço sombrio. Ai, a quem podemos
         dirigir-nos? Aos anjos não, nem aos homens...
         Os animais astutos já notaram
        que nós não somos confiáveis neste mundo definido...
             (Reiner Maria Rilke - Elegias de Duíno)

 É muito sério o que está sendo discutido atualmente sobre fazemos reformas
políticas usando o Plebiscito ou o Referendo. O Plebiscito é uma consulta onde o povo irá dizer quais os pontos principais do nosso sistema político que devem ser reformados e de que maneira; o Referendo é uma consulta popular onde uma proposta de Reforma é formulada pelo Congresso, apresentada ao povo, e este vai dizer se concorda ou não com aquela proposta. Todos os dois são bem complexos para o eleitorado de qualquer país... O nosso Congresso, lamentavelmente, não é visto como confiável, no entanto é composto pelas pessoas que nós elegemos, pois somos uma Democracia Representativa...  Mas se, apesar disso, achamos que o Congresso não nos representa, quem iria nos representar? Quais as pessoas que decidiriam e formulariam as questões a serem apresentadas? A questão principal é exatamente esta: Que gente é essa que vai conduzir e formatar o Plebiscito? E mais, quem irá escolher esse pessoal?

E quem vai explicar para os eleitores o que significam essas reformas, falando honestamente, sem tentar manipulá-los? Se nem conseguimos eleger um Congresso confiável, em quem mais vamos confiar? Estou colocando isso aqui porque realmente não vejo como confiar num Plebiscito sem os eleitores estarem bem conscientes do que estão escolhendo, pois a complexidade das questões que devem ser formuladas é muito grande, sobre temas que escapam, naturalmente, ao pleno entendimento da maioria dos eleitores.

A forma de conduzir essa consulta vai ser determinante no seu resultado, e conhecemos bem as eleições no nosso país... Sabemos do marketing e da montanha de dinheiro que vai ser despejada nisso para beneficiar grupos de interesse. E então, tudo isso teria alguma coisa diferente da forma como escolhemos o Congresso Nacional?

E quem vai fazer as Leis de acordo com o resultado do Plebiscito?... O Congresso?

Temos conversado muito sobre esse assunto aqui em casa e gostaríamos muito de ter respostas satisfatórias sobre essas questões.

Salve o Brasil!

Rosa Carmen


        






segunda-feira, 13 de outubro de 2014

SONHANDO E POLITICANDO...

PAZ - AMOR - JUSTIÇA...
  
É a primeira vez em minha vida, como cidadã brasileira, que não sinto o mínimo entusiasmo para votar numa Eleição para Presidente da República nem para
Governador... E essa situação me entristece. Aqui em casa sempre votamos pensando apenas no Brasil, nunca votamos pensando em pequenos interesses pessoais, querendo ganhar ou tendo medo de perder alguma coisa. Digo isso porque o Ivan sempre trabalhou para Empresas Públicas e nesses locais as mudanças de Governo podem provocar mudanças nos cargos de confiança. E ele viveu muitas dessas mudanças durante a sua vida profissional. Mesmo assim, a possibilidade de perdas nunca nos impediu de votarmos nas pessoas que achávamos mais alinhadas com nossos valores e com o nosso desejo de o Brasil se tornar um país melhor, mais desenvolvido e mais justo.

Agora já não aguento mais ouvir e ler o monte de barbaridades e mentiras que se diz por aí tentando denegrir a imagem dos candidatos... E depois das experiências passadas, as promessas de "Eu vou fazer isso... vou construir aquilo..." já não têm nenhum sentido... Pois as pessoas, nesses momentos, desesperadas por alcançar ou por permanecer no poder, prometem qualquer coisa sem nenhum compromisso com a verdade... A verdade incontestável é que, atualmente, vivemos num país onde impera uma bandidagem tremenda, em todos os níveis. E o mais fantástico é que a maioria dos defensores dos candidatos ignora essa situação, como se fosse tranquilo continuar assim, contanto que ganhe quem eles querem.

Por essas e outras, daqui por diante vou  continuar fazendo campanha apenas para vivermos uma Revolução pacífica em busca da renovação do ser humano, que permitirá  a reforma integral dos nossos valores... Aquela Revolução que nos transformará em seres com condições de governarmos e salvarmos o nosso mundo com dignidade, solidariedade, generosidade e respeito pelo próximo, antes que seja tarde demais...

Sei que muita gente que leia  isso (espero que leiam...rsrsrs), vai me achar uma boboca sonhadora, uma sem noção, e alienada por não entrar na briga Maniqueísta que as paixões políticas promovem (um é o Inferno, o outro é o Paraíso...). Além disso, os eleitores defendem seus escolhidos apaixonadamente e atacam os outros candidatos com uma raiva e revolta absurdas, como se estes fossem seus inimigos pessoais. Parece realmente um processo de transferência, jogando num desconhecido sentimentos que só fariam sentido contra alguém que lhes houvesse feito um grande mal.

Todo mundo sabe que coisa alguma nesse mundo é totalmente boa ou má, tudo depende do ponto de vista e dos interesses de cada um. E para a maioria do nosso povo, na hora de votar, o que menos interessa é o Brasil... os interesses pessoais ficam acima de qualquer coisa. Tudo o que tenho lido sobre essas eleições continua me deixando certa disso e estarrecida diante da repetição dos mesmos velhos chavões ultrapassados, já bastante enxovalhados e desacreditados pelas experiências políticas vividas pelos brasileiros, de muitos anos pra cá.

Seja lá o que possam pensar dessa minha avaliação sobre esse assunto e da solução que coloco vindo por uma reforma do ser humano, considero que essa minha posição é uma atitude bastante consciente e política.

Boa Sorte!... É o que mais precisamos...

Rosa Carmen



sexta-feira, 10 de outubro de 2014

ELEIÇÕES

QUAL A SAÍDA?


  Antes de mais nada, uma informação.

  A última eleição presidencial antes do golpe de 1964, havia sido em 1960 e eu não tinha idade para votar. A primeira vez em que votei para presidente do Brasil foi em 1989. Votei no PT e continuei votando nesse partido até às eleições de 2010. Agora, ano de 2014, votei na Marina Silva, para não me omitir
totalmente.     
  Estamos em época de eleições no Brasil, o quadro político não está dos melhores e a situação econômica do país também não está grande coisa. Estamos no segundo turno e os dois candidatos restantes recomeçaram suas campanhas e os seus eleitores também. Não vou citar nomes, nem fazer considerações sobre o caráter de cada um, importa que são uma mulher e um homem, que ela é considerada de “esquerda”  e ele é considerado de “direita” e ela seria reeleita. Coloquei direita e esquerda entre aspas porque não  dá mais pra ouvir esses termos sem sentir enjoo... Afinal, o que significam? Atualmente não significam mais nada, apesar dos chavões continuarem os mesmos.
 
   Continua-se dividindo essas duas posições políticas da seguinte forma: Quem se preocupa com as injustiças sociais, não tem preconceitos raciais ou sexuais é considerado de esquerda, quem não se preocupa com os mais desvalidos e se mostra preconceituoso em geral, é de direita. Visto assim, as pessoas ditas de esquerda parecem serem sempre bem mais sensíveis, justas e generosas, não é mesmo?
   Antes de existirem as experiências dos regimes comunistas e o Capitalismo já mostrara sua face escura,  selvagem e injusta, essa avaliação de “direita” e “esquerda” talvez fizesse sentido. Mas o Comunismo também não se revelou nada bonito, os países que fizeram revoluções e viveram regimes comunistas, tiveram lutas sangrentas, atitudes preconceituosas e toda espécie de violência e injustiça. Tanto assim, que o regime da União Soviética desmoronou e a China, apesar de continuar politicamente uma ditadura do Partido Comunista é uma economia cada vez mais capitalista. E o regime cubano, além de também ter cometido muitas barbaridades, Cuba, até hoje, não se sustenta sozinha. Portanto, fazer uma escolha entre esses dois regimes será escolher, como disse um antigo político nosso, entre o Diabo e o Coisa Ruim.

  Voltando ao nosso momento atual, o governo que quer se reeleger em nosso país está deixando um rastro de corrupção vergonhoso. O problema é que, olhando para trás, vemos que essa atitude não é uma novidade, mas uma constante em nossa história política, plena de escândalos sobre corrupção e roubalheiras em geral. E os antigos governos eram os de direita e o atual, que já tem doze anos de atuação, é de esquerda. E agora, José?

  Agora, dizem os que apoiam esse governo, a situação é diferente, pois houve uma melhora social que beneficia os mais carentes e assim não importa o quanto de desonestidade existiu e vai continuar existindo. Isto é, diante de tanta “generosidade” para com os pobres, eles ganharam o direito de não agirem direito... Agem como se estivessem fazendo um grande favor para esses pobres coitados tão maltratados pelos governos de direita... E para fazerem esse favor governam maquiavelicamente, considerando que “os fins justificam os meios”, pois, afinal merecem uma boa recompensa pelo trabalho de “justiceiros”.  Enfim, ser de esquerda é ser tão bonzinho, que se fica acima do Bem e do Mal!!!

   Por essas e outras é que não admito ser chamada nem de esquerdista nem de direitista, atualmente, pra mim, os dois termos são xingamentos altamente ofensivos. 

  Sou apenas um ser humano que se importa com os outros e deseja o melhor para todos. Quero para meu país um Governo que se preocupe com as questões sociais e que trate a todos com o mesmo respeito e consideração. Para que isto aconteça é preciso, além de uma consciência de justiça social, que haja bom caráter e honestidade das pessoas que desejam nos governar. Precisamos de seres humanos dignos, e não vejo, hoje em dia, outra saída para a renovação e salvação do nosso país em todos os sentidos.

  Por que a teoria comunista, que parece tão justa, não deu certo na prática? Porque as teorias políticas ou os partidos, em si, não importam em nada, pois dependem das nossas ações. Os ideais contidos em filosofias sociais ficam totalmente invalidados, manchados, denegridos pelas irresponsabilidades e maldades humanas.
Faltou moral, faltaram valores, faltou dignidade à maioria dos seres humanos de todos os partidos que têm nos governado.

  A única batalha que nos resta é pela melhora dos seres humanos. É exigirmos vergonha na cara e comportamento honesto de qualquer um que queira nos governar. É sairmos nas ruas para cobrarmos uma atitude respeitosa, realmente interessada no bem estar comum, no bem para todo o Brasil. Se as pessoas agirem com humanidade e verdadeira generosidade, sem egoísmo e ganância, sem o desejo desvairado de apenas ter o poder e disso tirar proveito, saberá exatamente o que fazer para o bem de todos.

  Para termos, um dia, não só o nosso país, mas um Mundo Melhor, a única saída é irmos à luta por um ser humano digno desse nome, a começar por nós mesmos.

Boa Sorte
Rosa Carmen