DOCE MALDADE
Quando
maus sentimentos
Se
eternizam,
Tornam-se
feras
Contidas
em nossa alma.
O
tempo, esse farsante,
Nos
engana,
Sozinho
não detém
Essa
energia,
Não
controla,
Quem
nos dera!
Nem
acalma.
Um
dia ela emerge
Mansamente,
Desabrocha
em amarga flor,
Doce
maldade,
Lança
venenos ao vento,
Suavemente
Espalha
seus espinhos
Sem
piedade...
Infiltra-se
pelos cantos,
Sorrateira
e alheia
Ignora
o sofrimento
Que
semeia.
Rouba
alegrias,
Subtrai
afetos,
Destrói
momentos
Qual
nuvem escura
Cobre
a luz da vida
Será
loucura?
Mágoa
contida?
O
véu da ilusão
Se
desvanece
O
espírito chora
A
beleza perdida...
E
implora ao coração
A
volta do amor
Que
fenece.
Como
lidar com
O
lado sombrio
Que
vive em nós
Trazendo sofrimento?
Irmão
da luz
Que
nos habita
É dela inimigo.
Dois dividindo
A mesma natureza
Dois dividindo
A mesma natureza
Nos
dando acolhimento
Ou
desabrigo...
E
desunidos
Seguindo
juntos
Em
eterno desafio
Um
nos congela
E
abate o espírito
O
outro aquece
O coração do frio.
luta
inglória,
Sem
vencedor
Nossa
alma imortal
Busca
a vitória
Do amor
E
não desiste.
A
cada riso
A
cada dor
Ao
mal resiste.
Traz
em si a magia
Do
início, que nos unia
E
o tempo não desfaz.
Quando
dois era um
Naqueles
dias
Somava,
não dividia
Cantava
a canção da paz
Tocado pela lembrança
O
coração bate alerta
A
Luz na Sombra se faz
Surge
a esperança
O
amor desperta.
Do
nosso ninho
Enquanto
a vida
Constrói
caminhos
O
ser humano
Bravamente
passa
Vence
procelas
Afasta
espinhos
Alegre
ou triste
A
fé abraça
E
espera
Que
a Sagrada União
Da Bela e a Fera
Da Bela e a Fera
Em nós se
faça!
Rosa
Carmen
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